m vista que vários leitores me escrevem com dúvidas sobre gestação, preparação do ninho e amamentação, decidi logo escrever o mais importante, e aos poucos irei completando e acrescentando fotos.
GESTAÇÃO
A gestação das coelhas é de 28 a 30 dias, podendo se estender até 32 dias, se ela não parir ao 33º dia, leve-a ao veterinário para induzir o parto. Gestação prolongada faz o filhote crescer muito dificultando o parto, ele pode nascer morto e ainda põe em risco a vida da mãe.
O calor é um fator que impede a coelha de entrar em trabalho de parto. Garanta uma temperatura ambiente até os 28º para gestantes.
AMAMENTAÇÃO
Alguns leitores têm escrito desesperados dizendo:
- minha coelha não amamenta os filhotes
- minha coelha abandonou o ninho
- minha coelha rejeita os filhotes
Geralmente é falta de conhecimento dos hábitos naturais dos coelhos.
1- A coelha NÃO fica no ninho, é só para a cria, ela entra só para amamentar.
2- Algumas coelhas ficam o tempo todo junto do ninho, mas outras se afastam e ficam mais longe.
3- A amamentação em geral é 1 (UMA) vez ao dia geralmente à noite quando tudo está calmo, silencioso e sem ninguém por perto. Tem alguns casos fora do padrão, como coelhas dando de mamar a toda hora, mas não é o comum.
4- A amamentação dura alguns minutos apenas.
5- A coelha não deita de lado para amamentar, fica em pé e os filhotes rastrejam por baixo dela de costas para mamar, por isso mesmo vendo a mãe dentro do ninho pode se pensar que não está amamentando. Às vezes enquanto amamenta fica lambendo os filhotes para limpá-los.
6- A coelha tem 6 mamas boas e 2 que dão pouco leite, por isso se tiver mais de 6 filhotes sempre vai ter algum que ficou com fome. Isso faz com que alguns filhotes tentem sair do ninho em busca da mãe, se orientam pelo calor do corpo da mãe e se enfiam por baixo para mamar, assim que a coelha percebe, sai correndo, pois só amamentará no horário programado pelo instinto. NUNCA ESQUECER QUE ANIMAIS NÃO TEM NOSSO RACIOCÍNIO, ela não pode entender que a quantidade de filhotes supera suas mamas e tem que aumentar o número de mamadas. Nos casos de muitos filhotes, o tempo todo do desmame é uma correria de mãe fugindo e cria correndo atrás, mas a natureza consegue suprir todas as deficiências, nunca perdi nenhum filhote por ninhadas grandes, já tive de 11, 9, 8 filhotes por ninhada e todos cresceram sadios.
COMO A COELHA ATUA QUANDO VIVE SOLTA NA NATUREZA
Quando a coelha vive solta na natureza ou dentro de um quintal de chão, ela cava o ninho ao ficar prenha e fecha a entrada. Uma semana antes do parto mais o menos, ela abre, coloca palha e fecha de novo. No dia do parto, ela o abre, coloca mais palha, arranca os pelos do peito que nesse dia já ficam meios "frouxos" digamos assim, e completa a preparação do ninho. Pare os filhotes dentro do ninho e o fecha de novo, a natureza previu isso para evitar predadores. Ela não vai ficar no ninho depois do parto, vai ficar zanzando ou dormindo por ai perto ou junto da entrada. Ela só vai abrir e entrar para amamentar e fechar de novo.
Aos 10 dias os filhotes abrem os olhos e ai tal vez possam ser vistos sair na hora da mãe abrir a toca para entrar os alimentar, mas normalmente a coelha amamenta de noite quando está todo calmo e não dá para ver nada.
COMO A COELHA ATUA QUANDO VIVE SOLTA NA NATUREZA
Quando a coelha vive solta na natureza ou dentro de um quintal de chão, ela cava o ninho ao ficar prenha e fecha a entrada. Uma semana antes do parto mais o menos, ela abre, coloca palha e fecha de novo. No dia do parto, ela o abre, coloca mais palha, arranca os pelos do peito que nesse dia já ficam meios "frouxos" digamos assim, e completa a preparação do ninho. Pare os filhotes dentro do ninho e o fecha de novo, a natureza previu isso para evitar predadores. Ela não vai ficar no ninho depois do parto, vai ficar zanzando ou dormindo por ai perto ou junto da entrada. Ela só vai abrir e entrar para amamentar e fechar de novo.
Aos 10 dias os filhotes abrem os olhos e ai tal vez possam ser vistos sair na hora da mãe abrir a toca para entrar os alimentar, mas normalmente a coelha amamenta de noite quando está todo calmo e não dá para ver nada.
A TOCA DO COELHO
Qual a melhor maneira de criar um coelho de estimação? Solto? Em gaiola? Em cercado? Em coelheiras?
Nada mais lindo do que um coelho solto no meio do jardim pulando, comendo e cavando suas próprias tocas, mas, o que é bom para o animal solto na natureza não sempre é bom para nossa mascote dentro dos limites da nossa casa.
No seu habitat natural o coelho tem espaço quase ilimitado e tudo o que precisa para crescer e se reproduzir, e também os predadores naturais para o controle da superpopulação.
Mas dentro dos limites da nossa residência a situação não é a mesma. Temos um tamanho limitado de jardim onde mesmo que cultivar-mos capim para eles comerem, pode não ser suficiente já que eles depredam muito as plantas.
E tem o fato do coelho ser um animalzinho muito destrutivo, um verdadeiro predador. Em países que importaram o bichinho como a Austrália, onde não tinha seus predadores naturais, os coelhos se transformaram numa verdadeira praga destruindo as plantações e hortas.
Dentro das cidades o coelho tem também seus predadores: os gatos ou cachorros da vizinhança, principalmente os gatunos que sorrateiramente durante a noite entram nos jardins e pegam os coelhos. Mas, alguém gostaria de ver os filhotinhos da sua mascote devorados pelo gato do vizinho? Claro que não. Então o controle da reprodução e a distribuição do alimento têm que ser controlada pelo dono.
Vamos a analisar todas as possibilidades.
COELHO SOLTO NO JARDIM OU PÁTIO
Para quem tem apenas um coelho, e faz questão de ter o fofinho solto no jardim ou pátio, tem que ter em conta o seguinte:
1 – todas as árvores deverão ter uma proteção no tronco até a altura máxima que alcança o coelho em pé nas suas patas traseiras, senão ele vai comer a casca da árvore e ela vai secar
2 – não pode haver nenhuma das plantas desaconselháveis para a alimentação (ver a página de alimentação)
3 – têm que ter lugares sombreados e frescos, o coelho não suporta altas temperaturas
4 – se tiver partes com terra, ele vai cavar tocas, curtas, compridas, uma ou várias. Se caminhar sobre os túneis o teto pode desabar com o peso da pessoa e matar o coelho se estiver dentro
5 – deverá ter de qualquer maneira uma casinha onde ele se abrigar, um lugar onde a chuva não entre para colocar o caneco com a ração
6 – o terreno todo plantado não é garantia de alimentação, eles depredam de tal forma que em pouco tempo o terreno fica em terra nu e é preciso trazer verde de fora
7 - o pátio deve ser murado e com proteção para impedir a entrada de gatos vizinhos, não esquecer que gatos sobem pelos muros, grades e telas de arame.
7 - o pátio deve ser murado e com proteção para impedir a entrada de gatos vizinhos, não esquecer que gatos sobem pelos muros, grades e telas de arame.
Se tiver um casal fica impraticável, pois em alguns meses após chegarem à idade de reprodução, o simpático casal pode ter se transformado em uma superfamília de quase 100 animaizinhos.
E tem que se ter em conta que os coelhos assim que atingem os 3 meses para a fêmea e os 4 meses para os machos, já são adultos e vão brigar entre eles pelo domínio do território, pela comida, e pela posse da fêmea (no caso de machos), e briga de coelho é feia!! É pelo voando por todo canto e animais feridos a dentadas.
O coelho só é manso para com os de outra espécie, submisso às pessoas, e medroso ante os predadores e animais maiores, mas entre iguais seguem o instinto de todos os animais silvestres. Quanto menor seja o espaço que tem que dividir, maiores são as possibilidades de brigas.
COELHO EM CERCADOS
Com cercados a situação fica mais controlada. Pode se ter um ou vários setores cercados para acomodar os coelhos, e outro plantado para alimentação onde os coelhos não tenham acesso, e que sirva para o fornecimento do verde.
Assim, podem-se ter um jardim, uma horta, árvores, etc. longe dos dentinhos dos coelhos.
Não esquecer que gatos sobem pelos muros, grades e telas de arame, então o pátio deve ser murado e com proteção para impedir a entrada de gatos vizinhos.
Os cercados têm que ser separados por sexo, e de preferência não contíguos, mesmo sendo 2 cercados do mesmo sexo.
No cercado deverá ter uma casinha onde a chuva não entre, com tamanho suficiente para se abrigarem todos e para colocar os canecos com a ração e a água.
Assim que os láparos sejam desmamados, devem ser colocados já separados por sexo nos cercados. Se tiver 2 ou 3 fêmeas ao mesmo tempo com ninhadas quase da mesma idade, podem se juntar os filhotes, mas ao mesmo tempo. Exemplo: uma coelha com láparos com 30 dias, outra com filhotes de 28 dias e outra já com os láparos com 35 dias prontos para o desmame e se tem 2 cercados: um para machos e outro para fêmeas. Tem que esperar os menores atingirem os 35 dias, e ai num dia só colocar todos os filhotes nos cercados. Se colocar uma turma antes da outra, quando chegar a nova turma pode ser atacada pela que já está no local que considera o espaço como seu território.
Até atingirem a idade de reprodução dificilmente haverá qualquer briga entre os coelhos, mas assim que ficarem adultos eles vão brigar pela posse do território. Porém, cada caso é um caso.
Cada coelho tem seu próprio temperamento, não é bichinho de pelúcia saído da linha de produção de uma indústria. Têm alguns com espírito de liderança, têm outros mais submissos, tem alguns agressivos, tem outros mansos, por isso a convivência de mais de um coelho por cercado pode variar muito.
Pode ter casos de um grupo de vários coelhos coexistirem num mesmo cercado sem brigas, onde um é o líder do grupo e os outros são submissos e todos se dando bem, comendo e dormindo juntos sem atritos, ou com algumas correrias para demonstrar quem manda, mas sem consequencias nem feridas.
Pode ter uma turma com mais de um coelho de temperamento forte querendo ser o líder, e vão brigar pela posse do território.
Pode ter um coelho dentro da turma que seja agressivo, brigue para ser o líder e, além disso, não deixe os outros coelhos comer ou beber. Já tive um caso assim, 6 coelhos num cercado. Todo dia era briga e não conseguia identificar o mais agressivo mesmo ficando muito tempo na beira do cercado assistindo as correrias com atenção. Numa hora era dois a brigar com o terceiro, e logo após o par mudava, e no final chegava a conclusão de que era todos contra todos, e para piorar a situação eram todos brancos idênticos.
Quando ficaram 3 ficou mais fácil de ver, ficou o mais agressivo e 2 mais mansos. Foi 1 contra 2. Assim que colocava a comida o líder comia, quando se fartava e se afastava chegavam os outros ao caneco, mas mal começavam a comer o líder os corria da comida. Num caso assim, só coelheiras individuais.
Detalhe importante: como os coelhos são de hábitos noturnos, dificilmente as brigas se dão de dia, normalmente são durante a noite quando estão mais ativos. O que se nota é pelo por todo canto de manhã, e os animais feridos.
COELHEIRAS INDIVIDUAIS
É, a meu ver, a melhor maneira de criar os coelhos de estimação. Um local cercado com tudo o que o coelho precisa e da sua exclusiva propriedade. É assim que tenho os meus coelhos.
As coelheiras podem ser contíguas com separação de gradeado o tela para que os animais tenham a sensação de estarem acompanhados, mas NUNCA um macho ao lado de uma fêmea, eles estariam o tempo todo tentando se acasalar e roeriam a tela de arame e assim se ferindo. Além do mais essa situação os deixaria estressados e a fêmea, mesmo não acasalando pode apresentar sintomas de prenhez psicológica.
E, na medida que vão crescendo, vamo-nos apegando a eles e fica difícil a separação.
CONHECENDO O COELHO
Os biólogos costumam rotular o coelho como “animal presa”.
Na ordem da natureza o coelho e outros animais de pequeno porte, são necessários para a alimentação de mamíferos maiores e outros animais.
Todos os animais presa, devem se reproduzir muito para suprir a alimentação dos seus predadores sem serem extintos, e também devem possuir um mecanismo de defesa eficiente para não sucumbir, o que no caso dos coelhos é a fuga.
Estas duas características, aliadas aos instintos comuns a todos os animais, costumam trazer problemas no convívio com as pessoas, se não são devidamente equacionadas.
1 – REPRODUÇÃO
A maioria das pessoas que escolhem o coelho como bichinho de estimação, quer logo “um casal”, é lógico, tem alguma coisinha mais fofa que um filhote de coelho?
Porém, casal de coelho não é casal de passarinho...
Uma fêmea pode ficar prenha na semana seguinte ao parto. Em casos excepcionais, como foi a segunda prenhez da minha Branquinha, pode ficar prenha antes mesmo do parto. O número de filhotes por ninhada pode variar entre 8 a 12 láparos (nome que se dá ao filhote assim que nasce) por ninhada. Excetua-se a primeira ninhada que normalmente é bem menor, entre 2 a 4 láparos.
Um casal de coelhos convivendo o tempo todo junto, vai render uma coelhada difícil de controlar, e depois, fazer o que com tanto coelho?
São lindos, sim, dá vontade de ficar com todos, mas como cuidar? Cadê tempo para alimentar tantas bocas famintas, e limpar tanto esterco? Cadê espaço para acomodar tanto orelhudo?
2- MECANISMO DE DEFESA
O coelho não sabe se defender dos outros animais, briga só entre eles, a única defesa é a fuga.
Por isso eles são tão assustados, qualquer barulhinho, qualquer movimento de pessoas ou animais por perto os faz sair em disparada.
Daí que as vezes seja incompreendido. Em primeiro lugar o fato de responder às tentativas de carinho se afastando, e não só de estranhos, até do dono ou pessoas com as quais convive.
Por conta de não cair facilmente nas garras dos predadores, a natureza dotou o coelho de uma sensibilidade extrema ao toque. É só encostar a ponta do dedinho no corpo deles para que se saiam correndo. Mas não quer dizer que não gostem de carinho, gostam e muito.
Para reverter essa atitude e torná-los dóceis, é preciso paciência para estar alisando eles várias vezes ao dia desde pequenos, mesmo eles fugindo. Aos poucos vão se acostumando. Um coelho de estimação pode ficar muito dócil e até procurar o carinho do dono já de adulto. Quanto mais cedo se comece a dar carinho, mais rápido vão ficar confiantes. Eu costumo começar os carinhos quando ainda estão no ninho passando a ponta do meu dedo pelas costas dos láparos, assim vão se acostumando ao toque.








